-
-
VASECTOMIA:
-
- Na consulta médica urológica, saiba como é realizada a vasectomia, detalhes e tire as suas dúvidas.
- A vasectomia é um método contraceptivo quase 100% eficaz.
- O procedimento será realizado como uma cirurgia ambulatorial, sem necessidade de internação, e há apenas um pequeno risco de efeitos secundários e complicações.
- A vasectomia pode custar menos para sua família do que a alternativa de esterilização ou controle de natalidade feminina. Você não terá que se preocupar com métodos contraceptivos (preservativos, por exemplo) antes de ter uma relação sexual.
- O procedimento, que leva de 20 a 30 minutos, consiste em anestesiar a área, fazer uma incisão no saco escrotal, localizar e cortar o canal deferente por onde passam os espermatozóides, selar o canal, costurar a incisão, curativo e, então, repetir o procedimento no outro lado.
Dúvidas do procedimento vasectomia:
1) A vasectomia interfere na potência sexual masculina?
Definitivamente NÃO, pois não há razão orgânica para isto. O procedimento da vasectomia consiste na interrupção de um canal (“Canal” ou “Vaso Deferente”) na bolsa escrotal, muito longe, do ponto de vista anatômico, dos nervos e artérias que são utilizados na ereção. Não existe possibilidade de ocorrer qualquer tipo de acidente. O pênis e os testículos não estão envolvidos no procedimento. Pela mesma razão, não há interferência no prazer sexual (orgasmo) e na resposta sexual como um todo. Inversamente, alguns pacientes apontam melhora do prazer sexual pela eliminação do medo de uma gravidez indesejada ou então pela eliminação
de uso do preservativo.
2) Se eu fizer vasectomia, vou parar de ejacular?
Não, porque quando se faz a vasectomia apenas o canal deferente é interrompido, impedindo a eliminação dos espermatozoides, que corresponde apenas de 1 a 2% do volume do esperma. O líquido seminal (98%) continua saindo normalmente e esta diferença não é perceptível.
3) Cortando o canal que sai do testículo transportando o espermatozoide, não haverá também a parada de produção do hormônio masculino?
Não, a testosterona, hormônio produzido no testículo, entra na circulação sanguínea (por onde vai ser distribuído a todo o organismo) através das veias dos testículos que não são interrompidas no procedimento de vasectomia.
4) O procedimento é doloroso? Vou sentir dor quando passar o efeito da anestesia?
A anestesia é local, o que significa a introdução de um anestésico líquido sob a pele utilizando uma agulha muito delicada e muito fina. Invariavelmente, é relatado pelos pacientes apenas uma pequena ardência no local. Durante o procedimento, após a realização da anestesia, não existe nenhum tipo de dor. Após o procedimento, geralmente toma-se algum tipo de analgésico. O mais comum é o comentário da percepção de que “foi mexido”, mas que não chega a configurar dor.
5) Em quantos dias posso ter relações sexuais?
As relações estão liberadas em torno de 7 dias, lembrando-se sempre de usar algum método que evite a gravidez (“camisinha”, pílula ou outros) até fazer o exame de esperma para confirmar que não há mais espermatozoides no ejaculado.
6) Por quanto tempo preciso usar camisinha (ou a parceira usar pílula para evitar a gravidez)?
Em torno de 30 dias ou após um mínimo de 15 ejaculações geralmente desaparecem todos os espermatozóides do sêmen, pois mesmo após o procedimento, uma certa quantidade que já estava armazenada, ou seja, já tinha passado pelo ponto da interrupção, é progressivamente eliminada (porém, devido à vasectomia, não ocorre mais a reposição). Isto acontece em torno de 15 ejaculações no prazo de um mês..
7) A vasectomia é reversível?
Sim. Tecnicamente, hoje se consegue recanalizar o Vaso Deferente com o uso de instrumentos que aumentam a imagem, porém, muitas vezes, mesmo com o retorno do espermatozóide ao sêmen vê-se uma maior dificuldade de se obter a gravidez.
8) A vasectomia é um método anticoncepcional seguro? Como ela é feita?
É o método mais seguro e cômodo porque independe de participação ativa dos parceiros para evitar a gravidez, como por exemplo, lembrar-se de tomar anticoncepcional praticamente todos os dias; ter que “vestir” o preservativo ou diafragma; ter os cuidados que o DIU exige, inclusive com reavaliações periódicas; etc.. A segurança da efetividade do método é, inclusive, sempre confirmada com a realização do exame de esperma após, aproximadamente, 30 dias após a vasectomia. No procedimento, utiliza-se 4 manobras clássicas para definitivamente interromper o canal sem o risco de haver uma recanalização espontânea:
São elas: I. corte do canal;
II. ligadura com fio inabsorvível, ou seja, “amarra-se” os cotos do canal com um fio;
III. cauterização dos dois cotos para causar a formação de um tecido cicatricial com a finalidade de obstruir ambas as extremidades dos cotos;
IV. sepultamento da extremidade (coto) do Vaso Deferente que vem do testículo. Este fica totalmente envolvido na membrana que o circunda , isolando-o dos tecidos vizinhos.
9) O que acontece com os espermatozóides após a vasectomia?
Os espermatozóides já formados vão sendo destruídos e absorvidos pelo organismo e as células germinativas, aquelas que produzem novos espermatozóides diminuem ou até mesmo param de produzir logo que aumenta a pressão dentro do canal que foi obstruído pela vasectomia.Eles poderão existir em uma possível punção no futuro para fertilização in vitro assistida.
10) Quais as complicações possíveis da cirurgia?
São poucas, raras e de pouca repercussão (os números entre parênteses referem-se a um estudo inglês onde foi realizado 6.248 vasectomias e corresponde à porcentagem de complicações. Schmidt,S.S.: Vasectomy by section, luminal fulguration and fascial interposition: results from 6248 cases. British Journal of Urology, 76:373-375,1995) : hematoma no local (0,3%), infecção tratada domiciliarmente (granuloma em 0,9%), epididimite congestiva (4,8%). Não houve casos de infecções de maior gravidade. A epididimite congestiva ocorre pela própria razão de ser da vasectomia, pois, em alguns casos, os espermatozóides que ficam retidos causam esta alteração que é tratada com antiinflamatório e aplicação de gelo.
11) Em quanto tempo posso voltar a trabalhar e a praticar esportes?
Para atividades que não utilizam força física, o retorno pode ser em 48 horas. Para trabalhadores braçais ou para aqueles que praticam esportes, o ideal é aguardar no mínimo 48 horas. Esportes mais agressivos e academia em torno de 15 dias.
12) Quando devo retirar os pontos?
Não é necessário retirar os pontos. Eles caem sozinhos.Ou porque os pontos são absorvíveis, ou porque o orifício é tão pequeno que se dispensou a colocação do mesmo.
13) Como fica o banho?
No dia seguinte já se pode tomar banho de chuveiro. O banho de banheira não é recomendado por 10 dias.
POSTECTOMIA
Fimose: Corresponde ao estreitamento do anel de pele que impede a adequada exposição da glande. Praticamente todos os recém-nascidos apresentam prepúcio com estas características, que os pediatras denominam fimose fisiológica.
Fimose refere-se à dificuldade para expor a glande (cabeça do pênis) por estreitamento do meato da pele que recobre a glande, chamada prepúcio. A origem pode ser congênita ou adquirida e, a causa comum é a infecção crônica associada à dificuldade de higiene local. A fimose pode ocorrer em qualquer idade.
O excesso de prepúcio pode levar a persistência de secreção e resíduos junto à glande (tecido de descamação ou pós-coito), que favorecem a proliferação de bactérias e inflamação crônica da região da glande e prepúcio conhecida como balanopostite. Pacientes diabéticos podem apresentar infecção prepucial crônica de repetição como manifestação inicial da doença
Circuncisão: Consiste na remoção total da pele do prepúcio, deixando-se a glande totalmente exposta. Forma praticada pelos religiosos.
Postectomia: Remoção parcial, preservando-se quantidade de pele suficiente para recobrir a glande, que poderá ser facilmente exposta nos momentos de higiene. Preferida pela maioria dos cirurgiões.
E quais são os benefícios? Prevenção de infecção do trato urinário; Prevenção de aquisição do HIV; Menor transmissão de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis); Prevenção de câncer peniano.
Obs: O procedimento cirúrgico não apresenta efeitos adversos sobre função sexual, sensibilidade ou satisfação.
Tratamentos da Fimose
A fimose pode ser tratada com uso de cremes e higiene local rigorosa, mas quando se torna crônica, leva a formação de fissuras (pequenos ferimentos) que atrapalham ou impedem a relação sexual e levam a retração da pele e aderência do prepúcio à glande deformando e por vezes dificulta a capacidade de urinar.
Em casos, quando há sintomas graves de fimose como: dificuldade ao urinar, processos inflamatórios com a presença de pus e impossibilidade de expor a glande, o urologista pode optar pela cirurgia de fimose, chamada de postectomia, mas conhecida como cirurgia de circuncisão.
A cirurgia costuma ser rápida e em adultos é feita com anestesia local, utilizando fios absorvíveis (não precisa retirar pontos), é feito curativo local diário não chegando a afastar de suas atividades. O retorno a vida sexual demora cerca de 30 dias, e a satisfação após a cirurgia, feita com técnica adequada costuma ser muito grande. Em crianças, geralmente esperamos até que possa ser submetida ao tratamento cirúrgico sob anestesia local, a menos que apresente dor, infecção de repetição ou dificuldade de urinar.
Parafimose: a complicação da fimose
Parafimose é a complicação da fimose, quando o prepúcio é retraído para expor a glande, mas o estreitamento impede que seja recolhido, causando o “estrangulamento” da glande, o que provoca dor e edema local.
A parafimose pode ser causada pela masturbação de uma paciente com fimose. Essa é uma emergência médica e, neste caso, um médico urologista deve ser contactado imediatamente para resolver o problema.
Freio Bálano prepucial Curto e a fimose
O freio bálano prepucial, conhecido também como cabresto masculino, é a estrutura que une a pele do prepúcio à base da glande do pênis. Quando o paciente tem fimose e é necessário retirar o excesso de pele na glande do pênis, o freio deve ser seccionado. É realizada uma sutura dos tecidos mucosa e pele, criando uma nova ponte de ligação entre a glande e o corpo do pênis.
Vale lembrar que o freio bálano prepucial só traz problema para o homem quando muito curto, pois causa dor na ereção, na penetração vaginal e impede a relação sexual. Retirar o freio bálano não resolve problema de ejaculação precoce
PENISCOPIA
A peniscopia é um exame de diagnóstico utilizado para observar lesões ou alterações imperceptíveis a olho nu, que podem estar presentes no pênis, escroto ou região perianal.
Geralmente, a peniscopia é utilizada para diagnosticar infecções por HPV, uma vez que permite observar a presença de verrugas microscópicas. No entanto, também pode ser usado em casos de herpes, candidíase ou outros tipos de infecções genitais.
A peniscopia é um exame recomendado sempre que a parceira ou o parceiro do homem apresenta sintomas de HPV, permitindo descobrir se houve transmissão do vírus. Porém, mesmo que o resultado seja negativo, o homem pode ter a infecção, mas não desenvolver qualquer manifestação.
Como é feita a peniscopia:
A peniscopia é feita no consultório do urologista e não dói. Para isso, o médico coloca uma compressa com ácido acético em volta do pênis durante cerca de 10 minutos e depois observa a região com a ajuda de um peniscópio, que é um aparelho com lentes capazes de aumentar até 40 vezes. Caso o médico encontre verrugas ou qualquer outra alteração, é feita uma biópsia com anestesia local e o material é enviado para laboratório, de forma a identificar qual o micro-organismo responsável e iniciar o tratamento adequado.
Preparo para a peniscopia: Aparar bem (não raspar) os pêlos pubianos antes do exame; Evitar contato íntimo durante 2 dias; alimentação normal; Não colocar remédios no pênis 2 dias antes do exame. Estes cuidados facilitam a observação do pênis e previnem falsos resultados, evitando ter de repetir o exame