• Alameda Terracota - 250 - sala 507 - Espaço Cerâmica - São Caetano do Sul - SP

CISTITE AGUDA E CISTITE CRÔNICA NA MULHER

Marque uma consulta

Assunto

CISTITE AGUDA E CISTITE CRÔNICA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

As cistites podem ocorrer por trauma local, por invasão da bexiga de bactérias de origem intestinal, que penetram no trato urinário da uretra e outros não conhecidos. A ansiedade também favorece o aparecimento desta doença.

As cistites são bastante frequentes nas mulheres. Estima- se que de 2 a 6 em cada 100 mulheres apresentam sintomas de cistite aguda. Outros estudos demonstram que entre 25% e 35% das mulheres tiveram cistite aguda em alguma época da sua vida adulta.

Dois fatores anatômicos explicam a maior propensão das mulheres a desenvolverem cistites.

  • Proximidade entre o ânus, a vagina e o orifício de abertura do canal uretral. TAMBÉM NAS MENINAS COM FRAUDAS. Mesmo em mulheres com hábitos higiênicos locais cuidadosos, torna-se fácil a contaminação da vagina por bactérias intestinais e a subsequente invasão da uretra.
  • Comprimento de uretra FEMININA- O canal uretral mede cerca de 25cm no homem e de 3 a 5 cm na mulher. O pequeno comprimento da uretra na mulher torna muito mais fácil a ascensão e a invasão da bexiga por microrganismos vaginais.

CISTITES E ATIVIDADE SEXUAL:

Algumas mulheres podem desenvolver cistites no início de sua atividade sexual sendo, por isso, denominadas cistites de lua-de-mel.

  • Inoculação de bactérias na uretra durante o ato sexual;
  • Traumatismo direto do pênis sobre a bexiga vazia: muitas mulheres têm o hábito de esvaziar a bexiga previamente ao coito, permitindo com isso um maior traumatismo diretamente sobre a bexiga e favorecendo assim a cistite (a urina dentro da bexiga funciona como um amortecedor do trauma).

CLÍNICA DAS CISTITES:

As mulheres com cistite apresentam grande aumento do número de micções, com pequenos volumes de urina eliminados a cada vez, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, ardor na uretra, dor na bexiga que se exacerba ao fim da micção, jato urinário fraco e, algumas vezes, sangue vivo na urina. Nem sempre todas as manifestações estão presentes e a intensidade das mesmas pode variar em diferentes pacientes.
Assim produzem grande desconforto e sofrimento e isso justifica seu pronto tratamento.


TRATAMENTO DAS CISTITES:

Embora em alguns casos de cistites possa ocorrer cura espontânea da infecção (micções repetidas eliminam as bactérias da bexiga), a maioria das pacientes precisa ser tratada com drogas antimicrobianas. Tratamentos inadequados (tipo de medicação ou tempo de administração inapropriados) constituem a principal causa de repetição ou de cronificação de cistites. O emprego de analgésicos e banhos de assento em água quente servem para atenuar os sintomas na fase aguda e podem ser utilizados em associação com a medicação antibacteriana. EVITE AUTO MEDICAÇÃO


PREVENÇÃO DAS CISTITES:

As medidas profiláticas que serão descritas têm grande importância prática, pois diminuem de forma significativa as chances de ocorrência de surtos agudos de cistites.

  • Micções frequentes: A micção representa um dos mecanismos de defesa do trato urinário contra a invasão das bactérias (bactérias na uretra são eliminadas com urina durante a micção). Por isso, pacientes propensas a cistites devem urinar com frequência, se possível a cada 3 ou 4 horas.
  • Ingestão de líquidos: A ingestão de grande quantidade de água contribui para maior formação de urina e isto favorece a eliminação de bactérias durante a micção. Cerca de 2 litros de líquidos devem ser ingeridos por dia.
  • Higiene pessoal: A higiene feminina implica em cuidados com os orifícios anal, vaginal e uretral e com a pele adjacente, de modo a evitar que bactérias intestinais, eliminadas principalmente por ocasião das evacuações, penetrem na vagina ou uretra. Estas medidas devem ser ensinadas na infância, infantilizando-se para a criança sobre a necessidade de tais cuidados em decorrência da proximidade entre o ânus e a vagina.
  • Higiene: A limpeza com papel após as evacuações deve ser feita de frente para trás, e nunca ao contrário, a fim de evitar que bactérias localizadas em torno do ânus sejam carregadas para a vagina. Use sabonete líquido neutro que evita a mudança do PH da vulva e vagina.
  • Evitar uso de lencinhos umedecidos, toalhinhas ou papel higiênico entre a vulva e a calcinha.

Todos estes tratamentos podem ser presenciais ou por telemedicina.

Dr. Celso Marzano