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HPV

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HPV- TUDO QUE VOCÊ QUERIA SABER:

A transmissão do vírus pode ocorrer através do contato sexual, não sexual, pela pele e mãos (familiar ou hospitalar por objetos contaminados) e materno fetal (gestacional,intra e periparto).

Estima-se que 10 a 20% da população adulta sexualmente ativa tenha infecção pelo HPV embora apenas 1% apresente o condiloma clássico e 2% apresenta o que chamamos de doença subclínica (diagnosticada somente com a colposcopia e peniscopia).

Entre estes, o contato sexual representa a maioria dos casos. No contato não sexual, é provável que o HPV, assim como as verrugas cutâneas, possa ser transmitido por fômitos (toalhas, roupas íntimas etc) e também pelo instrumental ginecológico, embora ainda não se saiba por quanto tempo o vírus resista fora do organismo.

O período de incubação que compreende o período da transmissão à doença (forma clínica e ou subclínica), está entre 3 semanas a 8 meses, com uma média de 3 meses. Estas condições, na maioria das vezes, estão relacionadas com a competência imunológica de cada indivíduo e a carga viral (quantidade do vírus) no local da infecção.

As infecções anogenitais pelo HPV podem apresentar três formas distintas:

A FORMA CLÍNICA (condiloma): Caracteriza-se pela verruga genital visível a olho nu . Possui um aspecto áspero e irregular lembrando o aspecto de uma couve-flor, pode aparecer como condiloma acuminado, plano e gigante. A mais comum é a forma acuminada, que é uma forma verrugosa de cor rósea, de superfície rugosa, consistência firme, conhecida como crista de galo.

A FORMA SUBCLÍNICA: Na maioria dos casos, apresenta-se sem sintomas ou apenas com sinais incaracterísticos: prurido, ardência, umidade e dor durante a relação sexual. Para identificá-las e visualizá-las se faz necessário a colposcopia e peniscopia.

A FORMA LATENTE: É caracterizada apenas pela presença do vírus, não apresenta sinais para diagnóstico. Para os pacientes com histórico de infecções pelo HPV, aconselha-se juntamente com os exames de rotina fazer exames específicos.

As áreas de maior acometimento da infecção pelo HPV são: HPV no Homem – no prepúcio interno, no pênis, na glande e no escroto. Mulher – na vagina, na vulva e no colo



HPV – DIAGNÓSTICO

O método mais simples de detecção do HPV é a observação das verrugas genitais a olho nu. Entretanto, estima-se que apenas 1% dos pacientes com infecções pelo HPV apresentam condilomas típicos (verrugas visíveis) e que a grande maioria dos casos são subclínicos, portanto, assintomático, o que muitas vezes dificulta um diagnóstico.

O diagnóstico das infecções subclínicas baseia-se principalmente no exame de colposcopia e peniscopia. Outros métodos, como biópsia dirigida e captura híbrida, são utilizados na identificação da infecção, sendo a captura híbrida realizada principalmente nos casos de infecções recorrentes e persistentes para identificação do DNA HPV, proporcionando um melhor direcionamento na conduta a ser adotada com este paciente, tratamento ou apenas controle. Grupos HPV baixo risco Grupo HPV alto risco. Tipos : 6, 11, 41, 42, 43 e 44

BIÓPSIA DIRIGIDA: Após a visualização das lesões através da colposcopia, vaginoscopia, vulvoscopia, peniscopia, procede-se à biópsia, que é a retirada de um pequeno fragmento de tecido, com anestesia local, para estudo. Toda biópsia vai par o exame anátomo patológico para confirmação do diagnóstico.



TRATAMENTO

O tratamento do HPV pode ser feito através de diversos métodos, cada um com suas limitações e com variados graus de eficácia e aceitabilidade por parte do paciente. Estes métodos podem ser divididos em químicos, quimioterápicos, imunoterápicos e cirúrgicos.

Seu médico deverá orientá-lo sobre o melhor tratamento para seu caso, entretanto o uso de preservativos é mandatário e apoio psicológico pode ser necessário para orientar o diálogo com parceiros e a compreensão correta do problema.



PENISCOPIA

A peniscopia é um exame de diagnóstico utilizado para observar lesões ou alterações imperceptíveis a olho nu, que podem estar presentes no pênis, escroto ou região perianal.

Geralmente, a peniscopia é utilizada para diagnosticar infecções por HPV, uma vez que permite observar a presença de verrugas microscópicas. No entanto, também pode ser usado em casos de herpes, candidíase ou outros tipos de infecções genitais.

A peniscopia é um exame recomendado sempre que a parceira ou o parceiro do homem apresenta sintomas de HPV, permitindo descobrir se houve transmissão do vírus. Porém, mesmo que o resultado seja negativo, o homem pode ter a infecção, mas não desenvolver qualquer manifestação.

Como é feita a peniscopia: A peniscopia é feita no consultório do urologista e não dói. Para isso, o médico coloca uma compressa com ácido acético em volta do pênis durante cerca de 3 minutos e depois observa a região com a ajuda de um peniscópio, que é um aparelho com lentes capazes de aumentar até 40 vezes. Caso o médico encontre verrugas ou qualquer outra alteração, é feita uma biópsia com anestesia local e o material é enviado para laboratório, de forma a identificar qual o micro-organismo responsável e iniciar o tratamento adequado. Em seguida é feita as cauterizações necessárias das áreas com HPV.

Preparo para a peniscopia: Aparar bem (não raspar) os pêlos pubianos antes do exame; Evitar contato íntimo durante 2 dias; alimentação normal; Não colocar remédios no pênis 2 dias antes do exame. Estes cuidados facilitam a observação do pênis e previnem falsos resultados, evitando ter de repetir o exame


Todos estes tratamentos podem ser presenciais ou por telemedicina.

Dr. Celso Marzano